Obras completas do doutor Antonio Ferreira, Volume 2

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B.-L. Garnier, 1865
 

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Popular passages

Page 22 - E em mais tiveste essa língua estrangeira, Tanto a esta tua ingrato te mostraste. Volve pois, volve, Andrade, da carreira, Que errada levas (com tua paz o digo) Alcançarás tua glória verdadeira.
Page 262 - Aquele filho teu? Senhor meu, matas Todos, a mim matando: todos morrem. Não sinto já nem choro minha morte, Inda que injustamente assi me busca, Inda que estes meus dias assi corta Na sua flor indigna de tal golpe: Mas sinto aquela morte triste, e dura Para ti, e para o Reino, que tam certa Vejo naquela amor, que esta me causa.
Page 496 - Livro do infante D. Pedro de Portugal o qual andou as sete partidas do mundo, feito por Gomes de Santo Estevão, um dos doje que foram na sua companhia.
Page 21 - Meu Andrade, da terra, em que nasceste, Como se nela não foras nascido. Esses teus doces versos, com que ergueste Teu claro nome tanto, e que inda erguer Mais se verá, a estranha gente os deste.
Page 82 - Quanto o silêncio val, sabe-se tarde. A medo vivo, a medo escrevo, e falo, Hei medo do que falo só comigo; Mas inda a medo cuido, a medo calo.
Page 84 - Sem esprito, sem forças, não me chames Com teus versos, que a ti só honram tanto. Por mais que me desejes, mais que me ames, Não empregues em mim tão cegamente Teu canto, com que é bem que Heróis afames.
Page 248 - Ah coitada de ti, ah triste, triste! Que não mereces tu a cruel morte, Que assi te vem buscar. AMA. Que dizes? fala. CORO. Não posso. Choro. CASTRO. De que choras t CORO. Vejo Esse rosto, êsses olhos, essa CASTRO. Triste De mim, triste! que mal? que mal tamanho E
Page 249 - Não te tardará muito, poem-te12 em salvo. Fuge coitada, fuge, que já soam As duras ferraduras, que te trazem Correndo a morte triste. Gente armada Correndo vem, senhora, em busca tua. El-Rei te vem buscar determinado D'em ti vingar sua fúria.
Page 242 - Então me venham buscar meus fados ; venha aquelle dia que me está esperando ; em vossos olhos ficarei eu, meus filhos; vossa vida tomarei eu por vida em minha morte.
Page 83 - Ah tantos dias tristes, tantos anos Levados pelos ares em desejos De falsos bens, e nossos tristes danos! A quem os deixa, e foge, quam sobejos Lhe parecem mais bens, que os que só bastam Desviar da virtude os cegos pejos.

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